Banco do Brasil enfrenta desafios após enchentes
Agência Móvel e parcerias buscam mitigar impactos, mas clientes apontam dificuldades
A agência do Banco do Brasil em São José do Norte enfrenta desafios após enchentes causarem danos significativos aos móveis e ao sistema elétrico de sua agência local. Devido a essas circunstâncias, foi necessário fechar a unidade para reformas. Como solução temporária, foi instalada uma agência móvel para oferecer alguns serviços bancários, com exceção de operações envolvendo dinheiro, já que a unidade não dispõe de caixas eletrônicos. Para atender às necessidades financeiras dos clientes, o banco estabeleceu uma parceria com uma lotérica para movimentações de dinheiro, como pagamentos de boletos e saques. Apesar disso, surgiram reclamações de clientes que relatam a insuficiência de recursos disponíveis na lotérica para atender à demanda. Muitos também questionam quando a agência retomará o funcionamento normal. Buscando esclarecer essas dúvidas, nossa equipe entrou em contato com a atendente da lotérica, Maria Eduarda e com a gerente de Agro e Negócios, Mari Ângela, na sexta-feira, dia 29 de novembro. A gerente informou que o banco retornará às atividades em breve e esclareceu dúvidas da comunidade, como a razão de não terem transferido os serviços para outro prédio enquanto a agência passa por reformas:
“ …Já foi procurado… Esse período todo foram indicados vários prédios e o banco foi o órgão responsável, não nós. Esse órgão responsável foi atrás de vários prédios, esta foi a informação que nos foram passadas, que os poucos que acharam na metragem que diz o normativo, a documentação não estava ok, porque a documentação para um órgão federal tem que estar tudo ok, tem que ter a averbação, tem que ter matrícula, averbação da construção,…para o numerário que a gente fez licitação não apareceu e a questão do prédio foi muito morosa… o usuário do banco está passando trabalho, a gente sabe que está incomodando, o pessoal recebe benefício, tem que ser colocado… Só que uma coisa que eu acho que queria nos ajudar muito é que eu sei que o pessoal com um pouco mais de idade tem resistência, mas dá pra usar o cartão de benefício no débito, sabe? Ele pode ir no mercado e pagar comprinha no débito do benefício, é a mesma senha que ele utiliza pra sacar, é a senha que ele vai utilizar pra pagar a conta. Tem uma prestação numa loja, precisa ir na farmácia, ele consegue passar no débito, sair direto da compra de benefício. Usa no débito, tem gente que não gosta, a gente entende, mas aí vai passar um pouquinho mais de trabalho, mas em seguida estará tudo funcionando. [...] falta de procura nossa, de insistência, de pedir para o órgão responsável acelerar, não foi. Já vieram nos perguntar, o banco vai fechar? Não, isso aí não existe. Não existe essa possibilidade, porque a maioria dos clientes aqui são cheios... a gente trabalha muito bem, tem uma clientela muito boa e bem fiel, e não tem a menor possibilidade do banco fechar aqui no norte''.
A equipe pinel fez a seguinte pergunta a Gerente do Agro e Negócio Mari Ângela: Por que aqui na Agência móvel não tem caixa eletrônico?
“Porque pelo normativo do Banco Central, tem que ter toda uma segurança, que aqui não dispõe. Imagina como a gente vai trabalhar sem vigilante?, sem uma porta rotatória? Não dá. Pra segurança da gente e do cliente que, eventualmente, esteja aqui. Então, assim, não tem essa logística de, aqui dentro do bebê móvel, ter um local seguro pra se depositar, pra se deixar depositado o dinheiro… A gente está cheio de gente que o pessoal quer fazer transferência, fazer pagamento, isso aí tudo faz aqui na máquina, tirar saldo, extrato, confirmar alguma coisa. Tem horas que tem 30, 40 pessoas aqui. Então, a gente entende que a população tá sofrendo, mas a gente também tá tentando fazer o melhor que pode para as nossas condições de trabalho''.
Equipe Pinél: “Quando o banco vai voltar a sua normalidade?”
“Se conseguirem começar uma obra semana que vem ou na outra, eu acredito que em dois meses, dois meses e meio, já vai estar assim, ó, 90% normalidade. Vai estar a obra dentro da agência, vai ser aquele transtorno, mas vai estar fornecendo já os serviços do Banco do Brasil''.
Buscamos informações diretamente com a atendente da lotérica, Maria Eduarda, para entender melhor a situação atual. Queremos saber: Como está a movimentação no local, o comportamento dos clientes e o funcionamento geral dos serviços? Além disso, é importante esclarecer: O atendimento bancário está sendo realizado apenas nesta unidade ou se os serviços foram direcionados para outra lotérica? Essas informações são essenciais para oferecer um panorama claro e atualizado sobre as operações no estabelecimento para seus clientes.
“Só aqui…o movimento de dinheiro, depósito tudo com nós. A gente mora lá em cima e a partir de quatro ou cinco horas da manhã o pessoal faz fila, sendo que a gente abre às nove. E o pessoal já está na fila aqui esperando. Muitas pessoas que vêm aqui pede ajuda até para atravessar a rua porque realmente a gente de idade que não tem um apoio, uma filha ou um parente, alguém que possa ajudar. [...] sobre o dinheiro essa máquina tem quatro mil de limite, [...] Tipo hoje chegou um cara que queria depositar 60 mil e a máquina libera quatro no dia e a conta dele também. Aí imagina se o Banco do Brasil pudesse ajudar com um limite maior de 60 mil, não estaríamos passando por este problema… esses tempos mesmo eu precisava que alguém fizesse um saque para poder liberar uma senhora que queria pagar uma conta, eu perguntei na fila, alguém quer sacar 400 reais? Porque se alguém levantasse a mão, tipo 2, 3, eu ia ver quem está na frente, ia ter a preferência, acabou que todo mundo ficou quieto, um senhorzinho, tá moça, se ninguém quiser eu quero, ok senhor passa aqui quando eu saquei dele as pessoas começaram a se invocar, “poxa, mas eu tava na frente”, mas eu perguntei se alguém queria e ninguém falou nada, depois de sacar vocês quer virem falar, e a fila começaram a xingar o cara, ladrão de fila, ordinário…. E ele falou para mim, não menina, pegue esse dinheiro, eu não quero, então as pessoas vão começar a brigar comigo, e eu disse, não, o senhor tem direito a esse dinheiro, porque eu perguntei se alguém queria e ninguém levantou a mão, só o senhor, então o senhor vai pegar o dinheiro e vai embora…” Assim, a atendente Maria Eduarda compartilhou seu relato sobre a situação. Nossa equipe ouviu ambas as partes envolvidas para garantir que as informações necessárias chegassem à população de forma clara e imparcial. Contudo, é importante reconhecer que será preciso tempo para que todas as questões sejam devidamente solucionadas.
COMENTÁRIOS